Buenos Aires é super famosa por seus cafés notáveis, que nos remetem ao passado glorioso da cidade. Porém uma nova tendência tem despontado na capital portenha: padarias artesanais e cafeterias descoladas. Em recente viagem a Buenos Aires, passeando em Palermo Soho, o bairro mais cool da cidade, consegui anotar pelo menos dez cafés que certamente valem uma visita. Conheci alguns, mas um mereceu destaque: a Ninina Bakery. Ela já estava em meu roteiro, então segui direto para lá depois de deixar as malas no hotel. Mas, sem dúvida, quem passa na porta despretensiosamente, não consegue resistir a uma paradinha para observar as delícias que ficam expostas na vitrine. O lugar é bem interessante! Acho que tem muita inspiração nos cafés moderninhos de Nova York. Duas grandes mesas para compartilhar se tornam uma ótima opção para um get together com os amigos ou até mesmo para conhecer gente nova. Mas também dá para ter sua mesinha exclusiva.


A proposta aqui,  descrita em uma das paredes do ambiente, é de se ter uma experiência autêntica baseada na excelência do simples e do artesanal. A Ninina Bakery não vende refrigerantes e eles não fazem a menor falta, pois os sucos naturais ($66) feitos na hora são deliciosos. Para adoçar, apenas açúcar mascavo. Nada de adoçantes ou refinados. Por ser uma empresa familiar,  receitas aperfeiçoadas de geração em geração são elaboradas com açúcar orgânico, ovos do campo, chocolates 70% cacau e ingredientes naturais. O objetivo é que tudo seja o mais saudável possível. Ah, o café orgânico é moído na hora. Meu pedido foi um sanduíche de jamón crudo ($175), feito com o pão da casa,  integral e com grãos. Excelente!

Para a sobremesa, tentei resistir, mas acabei experimentando a torta de morango com chantilly e merengue ($95) , depois de ficar com água na boca ao ver o  pedaço do meu vizinho de mesa. Essa foi de comer rezando! Doce na medida certa e com morangos frescos e graúdos. Dá para dividir. A casa oferece um brunch ($535) para compartilhar, que funciona diariamente até às 15 horas. Me pareceu um ótimo motivo para voltar à Ninina Bakery em uma próxima ida a Buenos Aires!

Programando minha viagem à Itália, pensei: não posso deixar de ver a Última Ceia de Leonardo Da Vinci, quando estiver em Milão. Alguns diriam, e faz sentido, que seria como ir a Roma e não ver o Papa. De fato, uma obra prima de tal importância deve ser valorizada e visitada. Inclusive quero, com essa experiência, poder rebater todos aqueles que resumem Milão a seu Duomo e a seu título mundial de capital da moda. Conhecer o Cenacolo Vinciano se tornou uma proposta imperdível e um dos pontos altos da minha visita.

Vamos às possibilidades para compra dos ingressos disputados:

1 - Bilheteria online

 De acordo com o site oficial, os ingressos ficam disponíveis online para venda, em torno de 3 meses antes da visita. Há, inclusive, um calendário com a data exata da abertura das vendas para os meses seguintes. Dessa forma, dá para se organizar antecipadamente e tentar comprar pelo site no dia do início das vendas sem complicações, mas com muita sorte. Compre aqui.

2- Call Center

Mas e quando os ingressos já estão esgotados na bilheteria online?

Me deparei com esse problema apenas 2 dias depois do início das vendas para data que eu queria. Há relatos, inclusive, de pessoas que não conseguiram garantir os tickets online, mesmo fazendo plantão no dia da abertura das vendas. A saída é ligar para o call center (00 39 02 92800360) e realizar a compra. Deu certo para mim.

Algumas instruções:

    3- Bilheteria online poucos dias antes da visita

Essa possibilidade é para aqueles de muita sorte e que deixaram para última hora ou que não conseguirem comprar pelo call center. Enquanto tentava comprar meus ingressos online pude perceber que alguns são disponibilizados poucos dias antes ou até mesmo na véspera da visita. Não sei se acontece todos os dias, mas vale a tentativa. Tente logo de manhã.

Parece que, pelo menos por enquanto, os visitantes de Buenos Aires ganharam uma boa opção para fugir do problemático serviço de táxi oferecido na capital portenha. O Uber chegou na cidade e está funcionando muito bem, com algumas ressalvas.  Conto para vocês. Passei 4 dias em Buenos Aires (Agosto/2016) e testei o serviço, aliás, utilizei o aplicativo praticamente em todos os meus deslocamentos, sem nenhum problema. Circulei por Palermo, Las Cañitas, Recoleta, Centro, Puerto Madero, San Telmo, Montserrat, Aeroparque e Ezeiza utilizando o app. Precisei me render ao táxi apenas uma vez, quando não consegui conexão de Wi-Fi no celular para fazer a solicitação do Uber e adivinhem:  fui vítima do taxímetro adulterado. Não me conformo com essa falta de honestidade de alguns motoristas  de táxi que teimam em manchar a imagem de uma cidade tão linda e charmosa. Espero que esse lastimável costume perca espaço frente ao sucesso que o Uber pode alcançar na cidade queridinha dos brasileiros.

Mas o que você precisa saber sobre o funcionamento do serviço do Uber em Buenos Aires:

1- O serviço funciona exatamente como no Brasil. Você precisa ter o aplicativo em seu smartphone, ter feito o cadastro com um cartão de crédito e ter conexão com a Internet. No trajeto não precisa estar conectado (em breve post sobre Wi-Fi em Buenos Aires). O app é o mesmo utilizado no Brasil. Você não precisa baixar outro. Ao solicitar o serviço, inclua os endereços exatos de partida e de destino. Dessa forma, se você não domina o espanhol, não precisará hablar em portunhol com o motorista tentando explicar o seu destino;

2- Quase todos os motoristas utilizam aplicativos de mapas com o melhor roteiro para chegar ao destino desejado. Sem contar que o deslocamento é todo monitorado pela empresa. Dessa forma, dificilmente você será lesado por algum motorista dando voltas pela cidade;

3- Em Buenos Aires funciona apenas o UberX (Uber de baixo custo) até o momento, logo não esperem carros grandes, lindos e confortáveis.  A maioria são carros simples. Li que a empresa exige apenas que sejam automóveis fabricados após 2009 e tenham ar condicionado. Utilizei o serviço umas 15 vezes na minha estada em Buenos Aires e, talvez, 2 tenham ligado o ar condicionado. Provavelmente, em razão do tempo mais frio do inverno. Observei também que nenhum ofereceu água e poucos tinham algumas balinhas para os passageiros;

4- O Uber começou a funcionar em Buenos Aires em abril de 2016. Em razão do pouco tempo de implantação do serviço é perceptível que poucos motoristas estejam rodando na cidade. Em todas as minhas solicitações esperei no máximo 15 minutos para ter o carro a minha disposição. Em geral o tempo de espera era de 10 minutos;

5- Infelizmente o Uber é bloqueado nos aeroportos de Ezeiza e Aeroparque, exatamente como no Galeão e Rodoviária Novo Rio, aqui no Rio de Janeiro. Ao tentar solicitar o serviço, você é informado que não há carros disponíveis na região. Há apenas um jeito de burlar esse bloqueio: alterando seu ponto de partida. Mova no app sua localização para áreas próximas a que você esteja, até carros disponíveis começarem a aparecer. Após a solicitação ser feita e aceita, você terá que ligar ou mandar mensagem para o motorista informando sua real localização, no caso os aeroportos. Fiz isso no Aeroparque e deu tudo certo. É uma opção mais arriscada porque pode não funcionar já que o motorista pode estar distante de você ou não entender seu portunhol, se você não fala espanhol fluentemente. Outro ponto a se pensar é se o porta-malas do UberX irá comportar toda sua bagagem;

6- Como o pagamento é feito no cartão de crédito, não esqueça de acrescentar na conta o IOF de 6,38%. Posso te garantir que valerá a pena. Nessa viagem, eu estava em grupo: eu utilizei o Uber e alguns amigos utilizaram táxi. A minha conta era sempre mais barata mesmo acrescentando o valor do imposto;

7- Em razão dos problemas enfrentados com legalização do Uber na Argentina, não sei até quando o serviço estará ativo. Há muitos protestos de taxistas portenhos e algumas medidas legais podem ser tomadas. Como já disse, não tive nenhum problema em utilizar o aplicativo. Acrescento apenas que um motorista recusou o trajeto Aeroparque x Ezeiza. Possivelmente com receio de retaliações dos taxistas.

Se utilizar o Uber em Buenos Aires, não deixe de nos contar na volta.